Caso Johnatha

Júri decide que PM não quis matar jovem e mãe se revolta

Réu foi condenado por homicídio culposo; caso foi em 2014

Caso levou quase 10 anos para ser concluído
Caso levou quase 10 anos para ser concluído |  Foto: Reprodução

Após dois dias de julgamento, foi condenado nesta quarta-feira (6) por homicídio culposo - quando não há intenção de matar, o policial militar Alessandro Marcelino de Souza. Ele é réu pela morte do jovem Johnatha de Oliveira Lima, de 19 anos. 

O jovem levou um tiro nas costas na comunidade de Manguinhos, na Zona Norte do Rio, em 2014, e não resistiu. A pena de Alessandro será decidida pela Justiça Militar, quase 10 anos depois do crime.

A decisão, no entanto, revoltou a família do jovem que estava presente no Tribunal do Júri. “Essa é a resposta que a sociedade dá pra mim?”, questionou Ana Paula Oliveira, mãe de Jonhatha, em entrevista ao G1.

Aos prantos, ela lamenta que carregará a dor de perder um filho para o resto da vida.

"A sociedade compactua com policiais assassinos. A culpa é da sociedade de os PMs continuarem matando nossos filhos. Ele já foi réu por outros homicídios. E eu aqui com a dor de ter meu filho assassinado com um tiro nas costas. Essa luta não pode ser só minha. Acabaram com a minha vida e da minha família”, gritou.

O júri começou na tarde de terça-feira (5), ao todo nove testemunhas foram ouvidas, cinco de acusação e quatro de defesa.

O PM Alessandro Marcelino já havia sido preso por um triplo homicídio em 2013, em Queimados, na Baixada Fluminense. No entanto, ele foi liberado e retornou ao serviço nas ruas. Um ano depois, foi ele quem disparou o tiro que atingiu Johnatha.

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